«O teu rosto
torna as coisas simples, […]»
Egito Gonçalves,
de "O Pêndulo Afectivo”
in Apeadeiro 1, 2001.
O rosto que sou quando termino
de percorrer o efeito de espelho
nas tuas mãos.
As fissuras que devolvo pela manhã
aos lugares intactos da tua ausência.
A respiração que me permito
na espessura vagarosa do primeiro
poema que um dia se cobrirá
com a tua voz.
Em vez do meu rosto,
Em vez do meu rosto,
esse rosto que sou.
[Sandra Costa]
[Sandra Costa]
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