Poema de Natal
Na entrada da casa, suspenso por um fio
fragilmente pendurado no óculo da porta,
todos os anos coloco um anjo de túnica vermelha
debruada a madeira, com cabelos de ráfia
despenteados e contornos de asas semelhantes
ao esboço dos poemas que ainda não existem:
por uns dias tudo é sobressalto e uma estrela,
segura na sua mão direita, anuncia-me a mim mesma.
Dezembro de 2011
[Sandra Costa]
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