Jan Bulhak, Evening Prayer, c. 1900
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Poema de Natal
Na fotografia a preto e branco
de início do outro século, um homem
cumpre a solidão como um ritual, pronuncia
o silêncio deixando-se tocar pela luz
do fim de tarde e tudo o que é penumbra
revela-se promessa.
Nesse instante, compreendes: o único caminho
possível até à madrugada insubmissa
também se faz de esperas,
ou de um detalhe que nos salva.
[Sandra Costa]
[Sandra Costa]
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