Este ano não escrevi um poema de Natal.
Os lugares onde as palavras começam
não embaciam os vidros das janelas no Inverno
ainda que o frio seja sempre o princípio
de uma candeia que se acende pela primeira vez.
Para que nem tudo pareça um sobressalto,
dou uma explicação sobre o que é isto
do silêncio, das estrelas que se tornam possíveis
apesar de furtivas, do tempo em que a terra
sabia a tâmaras e a mel:
apago o último verso para que
o fio da noite seja tão visível como o amor.
Dezembro de 2010
[Sandra Costa]
Agora é que vão ser elas.
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