Poema de Natal
Repetem-se as mesmas palavras de sempre. Os
mesmos gestos enfeitados pelas ruas. A cor dos
olhos como a cor dos anjos que ficam, à vez,
esquecidos no fundo da caixa. As estrelas que
não cabem sobre as coisas todas que passam. Os
mortos que se esquecem. O amor que não volta.
(aguardas os raros momentos em que crês
e o mundo é de novo aquela noite que não existe
onde a luz trepa pelo tronco das árvores e as
palavras escorrem das paredes como dos calendários)
Dezembro de 2006
[Sandra Costa]
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