Poema de Natal
Não há nada a acrescentar à revelação da luz
sobre as palavras que
ficam por dizer, na noite
que há-de vir. Nada a
acrescentar ao desenho 
de um regresso às sombras
projectadas sobre 
os umbrais das portas à
matéria do mundo 
quando se apagam as formas
daquilo que
poderia vir a ser um poema
ou uma flor. 
Nada a acrescentar. No
entanto acrescentas
a condição mortal de um
país assim onde 
as palavras não servem
para aumentar a surdina.
Dezembro de 2011
[Sandra Costa]
 
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