Poema de Natal
Sento-me ao teu lado, junto à lareira,
e deixo que tudo à volta
se apague
como nos velhos tempos em
que havia
um reino onde tudo era
possível e as noites
eram guiadas por estrelas
que sabiam
que o mundo é feito de
lugares inesperados.
Sento-me mais perto e abro
o álbum
na imagem exacta de como
te recordo,
ao meu lado, junto à
lareira, numa espécie
de abandono que era
somente uma forma
de me dizeres que o mundo,
em certas noites
de excepção, é feito de poemas
mais
espessos que a água*.
* Verso de Luís Quintais.
Dezembro de 2011
[Sandra Costa]
Sem comentários:
Enviar um comentário