É possível que o mundo ainda tenha à sua
frente
e atrás de si primitivas linguagens,
dois ou três astros
por descobrir, milagres inacabados e uma
melodia
escondida no diafragma.
É possível que o mundo ainda gravite em
torno
da floração das mãos, se desdobre em
janelas iluminadas
contra a noite fria e regresse à
revelação dos segredos
junto ao parapeito onde os anjos
espreitam.
É possível que o mundo ainda cintile, ou
entendendo
as palavras de Rilke como uma liturgia,
é possível
que o mundo ainda seja como a última pequena estrela
é para noite.
é para noite.
Dezembro de 2012
[Sandra Costa]
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