segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Epigrafia #1

«Consegues ouvir o mar?» perguntou James.
«Esse era o verso de Shakespeare de que Keats mais gostava.»

Iris Murdock, O Mar, O Mar, Relógio d'Água, 2005, p. 449.

Esta é a casa que procuro,

depois de cada estação, entre
as substâncias perenes onde fica
guardado tudo o que é cedo,
sempre que um pormenor tarda em
reinventar a realidade.

Não haverá melhor verso
que identifique esse lugar

onde um dia a vida se assemelha
a este silêncio.

[Sandra Costa]

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