Acorde simples
Acorde simples
da madrugada insone
da cortina que amanhece
dos olhos que jazem no espelho.
Acorde simples
de um poema que as mãos que pedem cerejas e afagos
recusam escrever.
Carta
Se eu soubesse dar às palavras o rumor lento e raso dos teus dedos
Sagrar o ritmo das inconfidências no crepúsculo de um poema
e silenciar as esperas na última pausa de um beijo
Deixar-te-ia esta carta num recanto da tua pele.
Sandra Costa
[Poemas publicados na antologia Cerejas. Poemas de amor de autores contemporâneos, Editorial Tágide, 2004].
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