Sobre a ponte, observas
o ondular da água, o bater
do sol nas muralhas do rio (os limos
e as margens como um só silêncio ou
a solidão imaginada de uma forma qualquer),
o movimento inclinado dos esteios, o quebrar
das sombras
as flores nocturnas – desfeitas – das palavras esquecidas
os deuses tardios que interrompem as madrugadas
até que o vento ao longe se aquiete
Sandra Costa
[Poema publicado na antologia Os rumos do vento. Los rumbos del viento, Câmara Municipal do Fundão e Trilce Ediciones, 2005].
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