Poema de Natal
é do frio – dos casacos pendurados 
uns por cima dos outros na sala da eira, 
  do fumo perfumado da aletria sobre 
a mesa e do lume da lareira onde deixava 
o sapatinho antes de ir dormir.    
Depois, um mistério qualquer acontecia 
durante a noite – o frio faz crescer uma haste
  de silêncio pelo mundo e sem sobressalto
  as estrelas aproximam-se dos versos
  que não existem.    
Dentro das histórias que ouves 
  desde a infância, a última imagem
é de um segredo que só agora começa.     
[Sandra Costa]
 
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