Poema de Natal
de cores ainda por definir como a incerteza
das sombras sobre um verso inacabado. Depois
alguém inventou a escuridão caiada de estrelas
e um silêncio coberto de sol ou outra forma de dizer
que há sempre dois caminhos para quem não
quer ficar a ouvir o rumor perfumado das magnólias
quando abrem. Depois veio a noite dos reis magos,
do menino e da manjedoura, da última vez em que
fomos crianças. E vieram as noites de Dezembro,
onde o tempo passa sem fazer sombra e já esqueceste
em que lugares crescem os musgos. No fim, só restará
uma noite, aquela onde regressas ao segredo do poema.
Dezembro de 2005
[Sandra Costa]
Sem comentários:
Enviar um comentário