Poema de Natal
Imaginas um outro cântico
a Isabel,
exultando o que há de
imperfeito em ti,
demorando-se as palavras
em tudo
aquilo que ainda não se
cumpriu e que
se estende para além do
teu braço
que alguém dispersou em
música.
Imaginas um outro cântico
mas
regressas às mesmas palavras
de um deus
tão antigo quanto novo que
a voz velha,
cansada
e trémula de Joana esqueceu,
ao fundo da cozinha:
ele
encheu de bens os famintos e despediu
os
ricos de mãos vazias.
Dezembro de 2011
[Sandra Costa]
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