Sobre
a mesa do café, entre os dois, vinda do nada, isto é, de uma outra geografia
que nos habita e que não se deixa interpretar por signos mais ou menos
conhecidos, abatera-se uma primordial imobilidade. Desarmadas as palavras todas
as imagens eram supérfluas.
As
leis da física explicariam a ressonância, ou a sua ausência se alguém partisse
à procura da origem daquela anomalia num critério biológico, mas um relato do
que se passava ficaria sempre aquém das evidências.
Determinada
a acabar com aquilo, demasiada fraga para um coração interrompido, ela ergueu o
olhar para o encarar, como se o estivesse a ver pela primeira vez.[Sandra Costa]
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