8.
Os poemas não
se abriram às magnólias
neste Inverno.
Não cobrem os muros como
o musgo. Não
escurecem as paredes da casa
como as manchas
do tempo ou como as
sombras que
hão-de vir. Não tornam os dias
mais frios como
aquele raio de sol sobre
o velho cata-vento
da casa de lavoura.
Não se ouvem os
nomes que desaparecem
ou se perdem para
além do lugar onde as aves
repousam sobre
a distância.
(e assim se
sentem as alterações climáticas
nas coisas
simples)
[Sandra Costa]
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAs magnólias andam friorentas...
ResponderEliminarGostei da sincronia casa sem telhado, árvores sem folhas:)
Saudações
Lourenço, as magnólias até abriram muito cedo, neste Inverno, as magnólias rosa, pelo menos. Ainda não vi as brancas abertas... Mas não devem tardar. São as minhas favoritas.
ResponderEliminarObrigada pelo comentário. :)
Ahhhhhh...mesmo abertas não "inspiraram" a poesia.:)Belas flores; entre outros, representam a simpatia - que é um dos atributos da admiradora!
ResponderEliminarNaquele Inverno do poema, não, Lourenço... Nos idos de 2006 ou 2007, as magnólias, por mais belas que fossem, só deram (poucos) poemas assim como este... Mas este Inverno, poderá ser diferente. :)
ResponderEliminarVotos, então, de um Inverno diferente!
ResponderEliminarBjnho